30 novembro, 2008

Veio do Rio é revelação no universo 4x4


por Claudia Caciquinho

Advogado, aposentado, pai de cinco filhos e avô de três netos, conhecido no universo 4x4 como Veio do Rio, Carlos Loureiro, descreve um pouco de como é a experiência de fazer aventuras Off Road. Sua fascinação por jipe começou desde muito cedo, ainda na infância e tinha fixação pelo carro Land Rover e ter um desse tornou seu sonho de consumo. Ao surgir o carro Troller 4x4, ele passou a acompanhar a evolução desse jipe. Por ser totalmente brasileiro, sua simpatia e admiração pelo veículo aumentava. Então, com o apoio e incentivo de seu filho mais velho, decidiu comprar um. Passou a fazer parte do mundo Off Road e, assim, surgiu, também, o Veio do Rio, no grupo baiano Brucutu Off Road.

Claudia - Você sempre teve esse tipo de carro?
Veio do Rio – Não. Na verdade nunca fui fiel a nenhum tipo ou marca de carro. Aliás, só repeti uma vez. Foi o carro UNO, da FIAT, tive dois, um branco e um preto.
CC - Então, o que o motivou a comprar um jipe 4x4?
VR - Na verdade era uma fixação de infância. Sempre fui fascinado por esse tipo de carro. Foi quando eu conversei com meu filho mais velho, Bruno, que conhece bastante de carro e ele incentivou e apoiou bastante a comprar um Troller. Sempre li bastante sobre 4x4. Não tinha nenhuma experiência quando decidi comprar o jipe.
CC - Por que um Troller?
VR – Eu acompanho a evolução do Troller desde o início, mas não pensando em um dia comprar um, apenas por gostar do carro. Sua trajetória é incrível! É o primeiro veículo com tecnologia 100% brasileira a participar do Rally Dakar. É bastante competitivo. Não fica nada a desejar entre os carros desse tipo de outras marcas como Honda, Toyota, Suzuki...
CC - É muito caro esse esporte?
VR – Não vou dizer que é barato. O carro em si, você pode comprar um usado a partir de 20 mil reais. Porém, requer uma atenção e cuidado maior que um carro convencional. É importante sempre fazer revisão no motor e nos pneus. A manutenção depende como você usa o carro e aí pode sair cara, sim. O importante é que sempre depois de fazer uma trilha, fazer uma lavagem técnica. O carro não deve ficar muito tempo sujo de lama, apesar de ser muito charmoso andar com o carro todo sujo de lama (risos). É importante observar os óleos, peças, parte externa, enfim, fazer revisão geral, sempre.
CC – Fale um pouco sobre sua primeira experiência off Road. Como foi?
VR – Antes de fazer parte de um grupo, fiz uma loucura com meu filho, fizemos um trecho muito perigoso, em Jauá, no Litoral Norte, e não recomendo que vá apenas um carro, o bom é que sejam, pelo menos, três carros. A trilha é de muita dificuldade, por ser completamente de areia, sua topografia irregular. A saída você nunca imagina que seja uma saída, por ter de passar quase por cima das casas. Eu ainda não participava de nenhum grupo de jipeiros, não tinha nenhuma experiência em 4x4. Foi muito difícil e arriscado.
CC - Como ficou conhecendo os grupos de jipeiros? Em especial, o Brucutu Off Road?
VR – Logo quando comprei o Troller eu arranhei o carro. Fui à concessionária e lá me indicaram a loja do Gaúcho, integrante do Brucutu. Já tinha lido em revistas sobre esses diversos grupos como Bahia Off Road, Terribles, Free Road, Brucutu. Mas, quando conheci o Gaúcho ele me falou do Brucutu Off Road. Ele me orientou a equipar o carro, a instalar um rádio amador PY, que é fundamental para a comunicação entre os participantes numa trilha e o tipo de pneu apropriado para fazer o trabalho pesado. Depois de eu equipar o carro todo fui convidado para ir a uma reunião do grupo Brucutu, que acontece sempre às quartas-feiras, para discutir pautas, trilhas, programação. Após quatro encontros, fui aprovado a fazer parte desse grupo. O Brucutu é um grupo familiar. A família toda participa. O nível de amizade é muito bom. A solidariedade, o companheirismo e amizade é o que mais se preza.
CC – Como vocês se organizam para os encontros?
VR – O Brucutu tem uma lista de e-mail no Yahoo Grupos. É através dessa lista de discussão que fazemos contatos, interagimos, diariamente e marcamos os encontros e planejamos trilhas. Nos encontros, as quartas, apenas, acertamos os detalhes, jogamos conversa fora e tomamos uma gelada.
CC - No Brucutu, as pessoas são sempre chamadas por apelidos, por quê?
VR – Os apelidos surgem por algum motivo, seja pelo comportamento ou por alguma característica da pessoa ou por habilidade, até mesmo aparência física. Há os mais diversos como Roda Presa, Pé no Bolso, Jardineiro, Jenipapo e Saputi, Bujão, Bulldog, Monstrinho, Gaúcho, Faca Cega, Candogueiro, Gazela, entre outros.
CC - Como foi sua primeira experiência na Copa Troller?
VR – Eu era inexperiente quando participei da Copa Troller 2007. O importante é cumprir a planilha e segui-la criteriosamente. Não adianta velocidade, mas, sim seguir a risca todas as orientações e passar por todos os pontos de observação da prova.
CC - Qual foi a trilha mais emocionante que você já fez com o grupo?
VR – Emoção por uma grande dificuldade ainda não tive. Mas, fiz uma trilha que foi muito emocionante por ter um elo emocional pessoal, em Paulo Afonso, interior da Bahia. Por ser uma das mais belas cidades do estado e fazer parte do sertão baiano. Um dos planos era fazer o Raso da Catarina, mas o tempo não deu devido a extensa programação turística e de trilha. E fazer o Raso, requer pelo menos três dias. Outra trilha muito bonita e emocionante foi a Chapada Diamantina, com belíssimas paisagens.
CC - Na última reunião você foi escolhido o novo presidente/líder, como funciona isso? Há mesmo esse cargo?
VR – O presidente funciona como um líder. O grupo não é oficial. É um grupo de amigos e o líder tem o papel de liderar o grupo. Puxar os trabalhos, fazer uma programação dentro de um princípio democrático.
CC - Qual a sua recomendação para quem quer entrar nesse universo 4x4?
VR – Primeiro conhecer um grupo de jipeiro e conhecer os diversos tipos de veículos que existem e, assim escolher o que mais se identifica. Equipar o carro é importante. Instalar um rádio amador PY, colocar pneus adequados, snorquel e fazer sempre revisão e manutenção.
*Foto: Claudia Caciquinho

29 novembro, 2008

Cultuarte Bahia reabre suas portas ao público

por Claudia Caciquinho

O Pelourinho reabre mais um centro de arte e cultura nesta última quinta-feira, 27. A Associação Cultuarte Bahia reinaugura depois de passar por reformas ocasionadas de um incêndio em julho.

A associação além de promover e vender produtos artesanais desenvolvidos por seus associados oferece também cursos de aperfeiçoamento para jovens e adultos da comunidade.

A sua reinaugauração contou com a presença de convidados especiais como, artesãos, turistas que passeavam pelo centro histórico e uma apresentação especial de um grupo de samba de roda que animou o evento e pôs todos os que passavam pelo local a sambar.

A Cultuarte também está presente em feiras de artesanatos da capital baiana divulgando os produtos que tem como principal característica o trabalho manual e tem inspiração nas matérias-primas de origem africana o que fortalece a cultura afrodescente. São produtos como bolsas, peças com casca de côco, bijuterias, bonecos de jornal, crochê, lembranças da Bahia, artes com materiais reciclados tipo latas de alumínio, entres outros.

A associação tem mais de 25 artesãos e busca artesãos jovens para integrar a equipe. Oferece, ainda, apoio a outras entidades que apresentem trabalhos direcionados aos valores da cultura afro.

*Foto: Claudia Caciquinho