06 dezembro, 2009

Pesquisa revela que jovens que usam videogames têm melhores notas


O uso do videogame pode atrapalhar o desenvolvimento escolar de adolescentes? O estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Granada, na Espanha, indica que os jogos não prejudicam o desempenho escolar. Os pesquisadores descobriram que os usuários de games têm mais chances de tirar boas notas, pois o seu uso reduz o estresse causado pelo aprendizado e aumenta a autoconfiança. Porém, ele deve ser moderado.

Então, deixar o filho de castigo, sem usar o videogame, por não estar indo bem na escola, não é a melhor opção? Não, responde a psicopedagoga Sandra Araújo, que trabalha há mais de 15 anos com crianças e jovens com dificuldades escolares, numa clínica especializada em Salvador. “Há jogos educativos que estimulam o desenvolvimento, a autoconfiança e o raciocínio lógico, se usado de forma responsável”, ressalta a psicopedagoga.

O adolescente Alexandre de Almeida, 13 anos, adora jogar videogame e prefere os jogos com enigmas e obstáculos. Adora também matemática e pretende estudar engenharia da computação e desenvolver jogos para o seu lazer preferido. Mas, por não estar desenvolvendo bem suas atividades escolares, está de castigo e sem poder usar o game. Ele afirma que jogar o faz relaxar e aumenta a auto-estima. “Existem jogos que me deixam ansioso quando eu não consigo ultrapassar a fase e, assim, mudo o CD”, revela Alexandre.

Para Caio Andrade, 11 anos, usar videogame é importante porque ele se sente mais confiante e o brinquedo o ajuda a melhorar o reflexo. Jogos de futebol são os seus preferidos. Porém quando o goleiro não o deixa fazer gol, fica nervoso, afirma.

Os garotos concordam com a afirmação da pesquisa dos espanhóis. Eles ainda ressaltam que o uso deve ser moderado, claro, pois o excesso pode causar vício.

A mãe de Caio, Liliane Andrade, não conhecia o resultado deste estudo. Para ela “o videogame é um programa interessante para o desenvolvimento das habilidades das crianças, porém pode deixá-las viciadas se for sem controle. E isso pode trazer prejuízo para formação do jovem”.

Conforme Mário Sérgio Silva, pai de Danilo, seu filho sempre jogou videogame moderadamente e suas notas escolares sempre foram muito boas, destaca.

“O que não deve acontecer é o jovem usar em excesso, pois assim ele deixa de fazer outras atividades saudáveis e até de se relacionar com outras pessoas, o que é fundamental para um bom desenvolvimento”, conclui Sandra.

Claudia Caciquinho
Imagem: Internet

Um comentário:

Caio Caciquinho disse...

Oi Tia Cau obrigado por me colocar no seu site e por fazer a entrevista bjs